A menos de duas semanas da eleição nos Estados Unidos, Kamala Harris e Donald Trump estão em uma "situação rara de empate": ambos aparecem com 48% de intenção de voto cada, segundo pesquisa de intenção de voto do jornal "The New York Times" e do Siena College divulgada nesta sexta-feira (25).
A votação ocorrerá em 5 de novembro.
O resultado "é uma evidência de um eleitorado que está tanto polarizado quanto paralisado", segundo o The New York Times. "O eleitorado raramente pareceu tão igualmente dividido".
Desde que Kamala Harris assumiu a candidatura democrata após a desistência do presidente Joe Biden, ela e Trump apareceram em situação de empate técnico na maioria das pesquisas de intenção de voto, mas até o momento não haviam pontuado de forma exata, como ocorreu desta vez.
Ao revelar as porcentagens, o jornal também chamou o eleitorado de "impossivelmente e inabalavelmente dividido", o que afirmou ser uma má notícia para Kamala. Isso por que, em eleições recentes, os democratas mantinham vantagem na intenção de voto ao longo da corrida -- mesmo que o resultado das urnas fosse para o lado republicano.
A pesquisa New York Times/Siena College entrevistou 2.516 eleitores em todo os EUA entre 20 e 23 de outubro. A margem de erro é de cerca de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.
Também nesta sexta, uma pesquisa da Reuters/Ipsos mostrou que Trump e Kamala abocanharam dois eleitorados tradicionais dos partidos alheios: o republicano cresceu entre os homens latinos, enquanto a democrata, entre mulheres brancas.
Segundo o "The New York Times", os democratas esperavam que a vice-presidente dos EUA construísse uma liderança sólida tendo estados-chave como Michigan, Pensilvânia e Wisconsin ao seu lado. No entanto, pesquisas de intenção de voto nos seis estados mais importantes da eleição (incluindo Carolina do Norte, Arizona, Geórgia e Nevada) mostra embates equilibrados.
Nas últimas semanas, Trump e Kamala têm intensificado os eventos eleitorais nos estados-chave: Trump distribuiu lanches em um McDonald's da Pensilvânia no último final de semana, enquanto Kamala "colou" em artistas para animar eleitores --teve até o ex-presidente Barack Obama, que tem a acompanhado em eventos, cantando música do Eminem em comício em Detroit, no Michigan.
Nos últimos dias, Kamala mudou sua retórica de campanha e passou a fazer ataques mais intensos contra Trump, chamando-o de fascista. Trump, por sua vez, recebeu nova acusação de assédio sexual por uma modelo.
FONTE: G1.COM