A repórter negra Brianna Hamblin, do canal Spectrum News nos EUA, foi assediada sexualmente enquanto se preparava para entrar ao vivo. Ela também sofreu uma série de ataques racistas.
Em um vídeo, compartilhado por ela mesma nas redes sociais no último fim de semana para falar sobre o dia a dia de jornalistas mulheres, é possível ver que ela se prepara para entrar ao vivo, conversando com o cinegrafista.
No entanto, ela é interrompida por um homem que a assedia sexualmente e de maneira racista, fazendo comentários sobre sua aparência e sobre a cor de sua pele.
Logo no início do vídeo, um homem pergunta de forma educada se está aparecendo na filmagem, ao que a jornalista o câmera respondem que não. Então, outro homem se aproxima e dispara: “Você é bonita pra car****. É melhor eu não estar aparecendo nessa mer** de câmera”.
De forma agressiva, o homem ainda questiona por que ela está filmando. Brianna, por sua vez, diz que ele pode descobrir assistindo ao noticiário pela TV.
“Sabe, é por isso que eu não posso ficar sozinho com uma mulher negra. Ou uma mer** de uma m*lata. Não suporto essas mulheres brancas”, diz o homem.
A jornalista tenta cortá-lo: “Acabamos por aqui, tenha um ótimo dia”. Ela é ignorada pelo homem, que continua: “Você é sexy pra c******”. Quando eles se afastam, ela se dirige ao câmera, visivelmente constrangida. “Meu Deus”, diz.
Assédio sexual contra jornalistas mulheres é comum
Em seu Instagram, Brianna afirmou que este tipo de situação é comum e que, “infelizmente, como mulher, e especialmente mulher jornalista em campo, receber cantadas ou ser assediada acontece com tanta frequência que você aprende a ignorar”.
“Dessa vez, por acaso, aconteceu segundos antes de eu entrar no ar”, escreveu.
Na publicação, ela tentou elencar algumas “lições” para os homens, sobretudo os que assediam mulheres jornalistas.
“Ser uma mulher negra nessa indústria tem seus problemas, mas diminuir um grupo de mulheres para ‘elogiar’ outro NUNCA é certo. Só mostra que você tem um fetiche nojento baseado em estereótipos, o que é igualmente racista”, afirmou.
“Tive a sorte de ter um cinegrafista comigo. No meu último trabalho, eu tive que lidar com esse tipo de coisa SOZINHA, como a maioria das mulheres. Não é seguro. É assustador”.
FONTE: PORTAL VIU