Em toda relação de trabalho é normal encontrar divergências envolvendo direitos e deveres. Em Campos, a notícia de que a Prefeitura de Campos vai adotar medidas para corrigir distorções e abusos para reequilibrar as finanças e viabilizar a retomada do crescimento já assusta quem aproveita indevidamente de benefícios que deveriam ser exclusivos de quem realmente exerce determinadas funções. Uma das questões que ganhou as ruas e as conversas políticas, essa semana, envolve os gastos com o pagamento de insalubridade aos servidores. Segundo levantamento do Campos 24 Horas, o valor pago mensalmente gira em torno de R$ 3,9 milhões por mês. Com a medidas que planeja adotar, o Município vai economizar R$ 25,5 milhões por ano, o que garantiria investimentos na Saúde, setor abandonado no governo passado.
'O cenário envolvendo a insalubridade é obscuro e alguns privilegiados estão fazendo de tudo para evitar que a real situação venha à tona. Há casos de pessoas que recebem o benefício, mas não trabalham em locais insalubres, e um número expressivo de oportunistas que recebem gordas quantias, mesmo não tendo laudo comprobatório, o que é exigido por lei. Enquanto alguns apadrinhados se aproveitam de manobras para aumentar o salário, a população paga um preço caro, porque o quadro vigente impede novos investimentos na área. No governo passado, a ausência de planejamento e ações para o setor resultou num quadro de sucateamento e abandono de várias unidades de atendimento.
Procurado pela reportagem, o secretário de Administração e Recursos Humanos, Wainer Teixeira, frisou que o momento exige a adoção de medidas que corrijam eventuais abusos. “Estamos fazendo um trabalho minucioso pois a atual gestão respeita a legislação e quer assegurar reservas para garantir a continuidade dos serviços públicos. No caso da insalubridade, o benefício só pode ser concedido mediante laudo e por pessoas que realmente trabalham expostas aos riscos previstos pelas regras de concessão. Infelizmente, isso não vem ocorrendo. Vamos rever os percentuais pagos e garantir uma economia anual de R$ 25, 5 milhões só com essa ação específica”, ressaltou Wainer.
FONTE: CAMPOS 24 HORAS