O São Paulo não perde há 14 jogos, já marcou 41 gols na temporada e sofreu apenas 12. Nos mata-matas do Paulista, fez oito gols em duas partidas – disputadas em intervalo inferior a 48 horas.
Após exorcizar o fantasma do Mirassol com uma goleada por 4 a 0 neste domingo, no Morumbi, o São Paulo chega à decisão do Paulista em velocidade máxima. Para ficar com a taça e encerrar o jejum de quase nove anos sem títulos, o técnico Hernán Crespo terá que superar o que deve ser seu principal teste neste início de carreira no clube.
A equipe comandada pelo argentino ainda não enfrentou nada parecido com o que o Palmeiras deve oferecer nos próximos dois jogos – as datas das partidas serão anunciadas nesta segunda-feira pela Federação Paulista de Futebol.
Nem quando enfrentou o próprio Palmeiras, e venceu por 1 a 0, na fase de grupos do estadual, Crespo teve uma amostra do adversário que virá agora. No Allianz Parque, o técnico Abel Ferreira montou um time com maioria de reservas – uma opção do português por toda a fase de classificação do Paulista.
Nas finais, o São Paulo deve encarar um rival semelhante ao que atropelou o Corinthians em Itaquera neste domingo e venceu por 2 a 0, um placar que poderia ter sido bem maior.
Crespo tem nas mãos um time pronto para encerrar esse período de seca tricolor. Em nenhum outro momento desses pouco mais de oito anos o São Paulo se aproximou de uma taça com a confiança atual – nem na final do Paulista de 2019, nem no Brasileiro do ano passado.
O time tem demonstrado segurança na defesa, especialmente com a efetivação de Miranda, e enorme apetite no ataque.
Chegar à final do Paulista reforça o planejamento feito pela diretoria e comissão técnica, que definiram o estadual como prioridade para o início da temporada. Não só pelo valor do torneio, mas principalmente pela chance de encerrar o incômodo jejum e estourar a bolha de pressão que acompanha o time nos últimos anos.
Crespo conseguiu cumprir esse objetivo, até aqui, sem colocar em risco o futuro do São Paulo na Libertadores.
Terá horizonte ainda mais claro no Morumbi se conseguir superar o Palmeiras e afastar a nuvem negra que estacionou no estádio na última década.
FONTE: GÊ.COM