Moradores do distrito de Santo Eduardo, em Campos dos Goytacazes, voltam a cobrar mais atenção do poder público com a limpeza urbana, um serviço básico que, na prática, não é oferecido de forma contínua à população.
Ao longo do ano, o distrito não conta com garis de forma regular. A limpeza pública só se torna visível no período que antecede a tradicional Festa de Santo Eduardo, quando mutirões emergenciais são realizados para “maquiar” a localidade diante do aumento do fluxo de visitantes. Passado o evento, o cenário volta a ser de abandono silencioso.
Diante da ausência do serviço público, a própria comunidade tem recorrido a apoiadores e iniciativas particulares para manter ruas e espaços minimamente limpos — uma solução improvisada que evidencia uma inversão de responsabilidades: o cidadão assumindo aquilo que deveria ser obrigação da Prefeitura.
A população cobra respeito e continuidade, não ações pontuais. Limpeza urbana não pode ser tratada como favor nem como estratégia sazonal. Trata-se de saúde pública, dignidade e qualidade de vida, direitos básicos de qualquer distrito que integra oficialmente o município.
Moradores ressaltam que a situação da limpeza é apenas um dos problemas recorrentes enfrentados por Santo Eduardo, frequentemente esquecido nas decisões administrativas. O recado é claro: o distrito existe o ano inteiro, não apenas em datas festivas.
A cobrança agora é por ações concretas, permanentes e responsáveis, capazes de demonstrar que Santo Eduardo faz parte de Campos dos Goytacazes não só no discurso, mas também na prática da gestão pública.