No Brasil, é comum ouvir que o ano só começa de verdade depois do Carnaval. No entanto, para o distrito de Santo Eduardo, essa sensação parece ter se invertido. Antes do período festivo, havia sinais de progresso: a limpeza do valão buscava prevenir novas enchentes, e a reforma da Praça Nilo Peçanha gerava expectativas positivas entre os moradores. Mas, passadas as festividades, o que se viu foi um ritmo desacelerado e uma aparente perda de interesse político em relação ao distrito.

Uma das maiores preocupações da população é a interminável reforma da Unidade de Pronto Atendimento (UPH) de Santo Eduardo. A promessa de melhorias se arrasta, enquanto moradores continuam a sofrer com um atendimento precário e funcionários alvos frequentes de reclamações. Segundo relatos da comunidade, longas esperas e falta de médicos são problemas recorrentes, o que compromete diretamente a saúde da população.
A situação das vias também piora a cada dia. Buracos nas estradas, bueiros danificados e o risco iminente de desmoronamento na estrada que liga Santo Eduardo à Ponte do Itabapoana, no Espírito Santo, são problemas ignorados pelo poder público. Relatos de motoristas que precisam desviar de crateras ou se arriscar em trechos perigosos mostram o descaso com a infraestrutura local. "Parece que estamos esquecidos. Cada dia que passa, a estrada fica pior, e ninguém faz nada", desabafa um morador da região.
Enquanto outros distritos e municípios menores recebem investimentos estruturais, Santo Eduardo continua à margem das prioridades governamentais. O contraste fica evidente ao observar obras de infraestrutura e manutenção sendo realizadas em localidades vizinhas, enquanto o distrito segue esperando providências.
Diante desse cenário, a população se pergunta: até quando Santo Eduardo será tratado com descaso? Não se pede grandes projetos ou investimentos milionários, mas o básico: manutenção contínua, respeito e compromisso com as demandas essenciais. A comunidade exige respostas e ações concretas por parte das autoridades. É hora de cobrar soluções reais para que Santo Eduardo deixe de ser apenas um distrito esquecido no mapa da gestão pública.
POR: W.BERALDI