O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, fez uma visita a Israel nesta quinta-feira (12). O americano pousou em Tel Aviv para se reunir com primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, e autoridades israelenses.
Após a reunião, Blinken fez um pronunciamento para reforçar o apoio americano ao estado de Israel e fez um apelo para que as demais nações repreendam as ações do Hamas.
"Não há justificativa para as atrocidades do Hamas. (...) A falha em condenar os atos de terrorismo não põe em risco apenas o povo de Israel, mas de todo o mundo. Veja o que aconteceu: indivíduos de 36 países foram mortos ou estão desaparecidos depois dos ataques", disse Blinken.
"Qualquer um que quer paz e justiça precisa condenar os atos de terror do Hamas. Sabemos que o Hamas não representa o povo palestino ou sua legítima aspiração de viver em igualdade de condições de segurança, liberdade, justiça, oportunidade e dignidade", prosseguiu.
"O Hamas só tem uma agenda, destruir Israel e assassinar judeus."
O secretário afirmou que Israel tem "todo o direito de se defender", mas que a forma de fazê-lo importa. Segundo ele, a democracia se distingue de terroristas por "conduzir com padrões éticos, mesmo que seja difícil".
"O valor que damos à vida e à dignidade humana é o que nos faz ser quem somos. E essa é uma das nossas maiores forças. É por isso que é preciso tomar absolutamente todas as precauções para não causar dano aos civis", disse Blinken.
"É por isso que lamentamos a perda de cada um dos inocentes. Civis de toda fé e nacionalidade foram mortos. Tragicamente, o número de inocentes mortos pelos ataques do Hamas continua a subir. Entre eles há ao menos 25 americanos".
'Hamas é o Estado Islâmico' e deve ser liquidado, diz Netanyahu
Netanyahu ressaltou que a visita de Blinken é mais um "exemplo tangível do inequívoco apoio dos EUA por Israel" e convocou a comunidade das nações a somar ao seu lado na guerra contra o Hamas, a quem chamou de "um inimigo da civilização."
"Hamas é o Estado Islâmico, e da forma que o Estado Islâmico foi liquidado, o Hamas também deverá será liquidado", disse o premiê israelense.
"E [o Hamas] deve ser tratado exatamente como Estado Islâmico foi tratado: deve ser eliminado da comunidade das nações. Nenhum líder deve encontrá-los. Ninguém deve financiá-los. E eles também devem ser sancionados", prosseguiu.
“São tempos difíceis, em que precisamos estar de cabeça erguida, orgulhosos e unidos contra o mal. ‘Tony’ está fazendo esse manifesto, os EUA também. Obrigado por estarem aqui hoje. Obrigado aos EUA, por estarem com Israel, hoje, amanhã e sempre”.
Blinken, que é judeu, disse que reconhece em primeira pessoa e com exemplos na própria família "os ecos de um massacre" e que a "brutalidade e desumanidade" do Hamas relembra o pior do Estado Islâmico.
"Bebês mortos, corpos decapitados, pessoas queimadas vivas, mulheres estupradas. Pais mortos na frente dos filhos e filhos mortos na frente dos pais. Como podemos entender e digerir isso?"
O secretário de Estado dos EUA, então, reafirmou o apoio dos americanos a Israel, com fornecimento de armamento e de interceptadores para reforçar o Domo de Ferro, um sistema de defesa antimíssil.
"A mensagem que trago é a seguinte: vocês podem ser fortes o suficiente para se defender, mas, enquanto os EUA existirem, vocês nunca precisarão estar sozinhos. Sempre estaremos ao seu lado", disse Blinken.
FONTE: G1.COM