A Prefeitura de Campos criou uma verdadeira força-tarefa para prestar apoio ao Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) no fechamento do Censo 2022, que divulgou, no dia 28 de dezembro, um resultado preliminar apontando para uma redução significativa do número de habitantes de Campos. A redução, que não condiz com dados do município, pode comprometer o orçamento do Executivo Municipal e a execução de políticas públicas de assistência e atendimento direto à população. Na tarde desta quarta-feira (18), agentes de desenvolvimento local (ADLs) da Secretaria de Governo e agentes de endemia do Centro de controle de Zoonoses (CCZ), da Secretaria de Saúde, participaram de reunião com representes da Prefeitura e do IBGE. Eles vão auxiliar na identificação de domicílios não visitados ou na localização de famílias que não foram visitadas e não prestaram informações para o Censo.
A reunião contou com a participação do coordenador de Área do Censo Demográfico do IBGE, Murilo Nogueira e dos secretários de Governo, Ângelo Rafael Damiano, e de Comunicação Social, Sérgio Cunha; do diretor do CCZ, Carlos Morales; do subprocurador geral do Município, Gabriel Rangel; e do diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, Ranulfo Vidigal. Dentro de sua área, cada um explicou a importância do trabalho.
“É um trabalho de apoio ao IBGE, uma ação de integração nos bairros e distritos, com os agentes da secretaria de Governo e do CCZ identificando os moradores que ainda não foram entrevistados para o censo. Nos locais em que o IBGE não localizou os moradores, nossos agentes irão identificar essas pessoas e indicar o domicílio para que o IBGE vá ou retorne ao local para realizar o levantamento. É um trabalho essencial para nossa cidade, para o governo continuar promovendo a melhor atenção à nossa população”, destacou o secretário de Governo Ângelo Rafael.
O secretário de Comunicação, Sérgio Cunha, destacou que o resultado preliminar o Censo, divulgado no dia 28 de dezembro, demonstrou uma distância significativa da população que Campos tem. “Pela sua área geográfica, por dados de residências atendidas com serviços diversos como água e esgoto, energia elétrica, entre outros, sabemos que Campos tem bem mais de 500 mil habitantes. O número aponta para pouco mais de 400 mil moradores em nosso município e esse número interfere em questões orçamentárias, nos recursos que são repassados por ministérios como o da Saúde, recursos que a Prefeitura utiliza para assistência e atendimento às pessoas. Sabemos que o prefeito Wladimir Garotinho faz um governo que cuida das pessoas, então é fundamental esse apoio que nossos agentes vão realizar para auxiliar o IBGE a fechar o censo com o número mais próximo possível da realidade”, falou Cunha.
O diretor do CCZ, o subprocurador e o economista da Desenvolvimento Econômico destacaram o papel de cada um na ação. Morales lembrou que o serviço dos agentes de endemia não vai parar e que, nas visitas domiciliares, como para o combate à dengue, somente levantarão a informação se os moradores foram ou não entrevistados para o censo, informando o endereço dos que não participaram da entrevista do IBGE. Já o subprocurador Gabriel Rangel destacou o momento como “histórico”.
“Esse é um momento histórico. Temos uma previsão de menos de 500 mil habitantes e, se não mostrarmos que essa não é a realidade, só haveria projeção de modificar esses dados em um novo censo, provavelmente apenas na próxima década. É de extrema importância que nossos agentes ajudem o IBGE a localizar as pessoas que, no momento da entrevista, não estavam na residência, o que impossibilitou que o órgão pudesse levantar o quantitativo real da população de Campos. Oficiamos os cartórios de registro civil e as concessionárias de serviço público para confrontarmos os dados informados, sendo importante destacar que a concessionária de água e esgoto estimou a nossa população em mais de 608 mil habitantes, o que corrobora a inconsistências deste Censo parcial”, disse o subprocurador, ainda lembrando que os agentes da Prefeitura não farão entrevistas, mas poderão também ajudar os canais de comunicação com o IBGE, como o 137, o Disque Censo.
“A missão que temos é de encontrar a forma mais simplificada de atingir essa meta populacional. Para se ter ideia da importância dessa parceria, de cada R$ 100 que entra na caixa dos municípios em forma de tributo, só R$ 20 vêm pra prefeitura e R$ 55 ficam no Governo Federal. Portanto, o Governo Federal manda anualmente transferências para as prefeituras, e estas transferências de recursos se baseiam no quantitativo populacional. Para que o governo possa continuar com políticas públicas de saúde, educacionais e outras, a questão populacional é crucial. Nesse momento, está todo mundo integrado para fazer o trabalho com a maior qualidade possível, para que o IBGE obtenho os dados corretos para o censo”, complementou Ranulfo.
O coordenador de Área do Censo Demográfico do IBGE destacou como “grandioso” a apoio da Prefeitura para o fechamento do Censo 2022
“Está sendo muito importante esse apoio grandioso do poder público municipal para ajudar o IBGE a fechar o censo demográfico no município de Campos, com a melhor qualidade possível. Hoje estamos em uma etapa de supervisão, de verificações para ter a certeza de que nenhum munícipe tenha ficado de fora da contagem populacional. A Prefeitura está ajudando no sentido de divulgar o censo e as formas de participar da contagem por meio de canais oficiais, de chamar a população, de falar da importância de responder ao censo com informações fidedignas. Esse apoio está sendo fundamental para gente conseguir chegar ao restante da população que não foi encontrada no domicílio para participar da entrevista”.
Murilo explicou a necessidade da força-tarefa e do trabalho integrado que poderá ser realizado até o final do mês que vem. “Para 2021, o IBGE tinha uma estimativa, que é uma projeção da população de Campos, e vimos que não íamos alcançar essa projeção. Esperávamos que Campos atingisse 514 mil habitantes no ano de 2022 e a coleta em campo, a visita de casa em casa mostrou que houve um crescimento no município, mas esse crescimento foi menor do que a gente esperava. Daí a importância desse fechamento com dados reais do contingente populacional de Campos, para garantir que não vá ter nenhum impacto negativo, que não haja prejuízo a ninguém. O censo vai ser encerrado no final de fevereiro e temos bastante tempo para fazer o que chamamos de rescaldo, que é a etapa final de verificação, de ir em busca daquelas pessoas, daqueles domicílios que, por ventura, tenham ficado de fora da contagem. Temos mais uns quarenta dias e, com o apoio da Prefeitura, dos agentes comunitários, vamos conseguir fazer o fechamento”, conc lui Murilo.
FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES