Campos começa a colher os frutos das novas políticas públicas para a agricultura. O governo Wladimir Garotinho resgatou a vocação agrícola do município e nunca uma gestão municipal investiu tanto para fortalecer o setor e promover o desenvolvimento do campo. Infraestrutura rural, assistência técnica, capacitação, postos de comercialização, máquinas e equipamentos: foram mais de R$ 12 milhões de investimentos ano passado, contra um pouco mais de R$ 500 mil utilizados pela pasta em 2020. A secretaria fechou 2022 com metas alcançadas e a perspectiva de grandes realizações em 2023, por meio de seus principais programas: Estradas do Produtor; Campos Leite; Casa do Produtor Rural, Agricultura Urbana e CapacitaAgro Campos.
"O prefeito Wladimir Garotinho fortaleceu a secretaria de Agricultura justamente para fortalecer o interior e desenvolver todo o potencial agrícola do município. O primeiro passo foi criar infraestrutura, com a recuperação das estradas de leito natural e, agora, com a construção e reconstrução de pontes. Ao mesmo tempo, oferecemos assistência técnica e capacitações para agricultores familiares, de forma a possibilitar que eles tenham acesso a novas técnicas e tecnologias e possam utilizar a ciência para diversificar e aprimorar sua produção. Seguimos com importante trabalho de promover a regularização fundiária e estimular os pequenos produtores a se organizarem em associações ou cooperativas rurais. A proposta agora é expandir o sistema de comercialização e promover o agronegócio, principais formas de beneficiar o agricultor familiar, o pequeno produtor, que são os responsáveis por mais de 70% da produção de alimentos em todo o mundo", conta o secretário Almy Júnior.
ESTRADAS DO PRODUTOR
Desde março de 2021, o programa Estradas do Produtor tem gerado infraestrutura nas zonas rurais de Campos, com a recuperação de estradas e o planejamento de construção de pontes de concreto. O objetivo é criar acessos e reduzir distâncias para melhorar o escoamento da produção agrícola, garantir conectividade no campo, propiciar o surgimento de agroindústrias e desenvolver atividades ligadas ao agroturismo ou turismo rural no município. O programa prevê a recuperação de recuperação de 1.400 quilômetros de estradas vicinais e a construção de 36 pontes.
“Já recuperamos mais de 800 quilômetros de estradas municipais de leito natural (estradas de chão). Em quilometragem, seria o equivalente a uma estrada de Campos a São Paulo. Algumas dessas vicinais estavam há quase 30 anos sem nenhuma manutenção. Usamos material para garantir maior durabilidade, mas a proposta é fazer a manutenção uma vez por ano. Ainda temos mais 600 quilômetros a recuperar, porque 2022 foi um ano de grande precipitação pluviométrica e com as chuvas, muitas vezes, tivemos de parar o trabalho, mas adquirimos novas máquinas e estamos com várias outras licitadas para agilizar esse trabalho”, explicou o secretário de Agricultura.
Das 36 pontes, 19 já estão com licitação prevista para este primeiro mês do ano. A maioria vai substituir travessias feitas de madeira, sem condições de tráfego, e outras serão edificações de concreto, a serem construídas em locais onde as antigas caíram ou não existiam pontes. Almy destaca que, somente com as 19 pontes, o investimento será de R$ 41,9 milhões.
“As novas pontes de concreto vão integrar o município, não só atendendo produtores rurais, agricultores e o agroturismo, como a população rural como um todo. As pontes e estradas permitirão que os moradores do interior tenham facilidade de mobilidade e de acesso a serviços que, hoje, pela distância ou falta de condições de tráfego das estradas, eles não tinham”, disse Almy.
O secretário ainda destacou que, para a execução dos serviços e programas da Agricultura, a secretaria também vem adquirindo máquinas e equipamentos, como motoniveladoras, retroescavadeiras, rolos compactadores, escavadeiras, caminhões e tratores, entre outros. “Entre maquinas e equipamentos adquiridos ou em licitação com recursos próprios da secretaria e outros por emendas parlamentares ou parceria com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), o investimento ultrapassa R$ 20 milhões. Temos um projeto de implantar patrulhas mecanizadas que teriam três bases, sendo uma na Baixada Campista, outra em Dores e Região do Imbé e a terceira no Norte do município. Essas patrulhas farão a manutenção anual das estradas vicinais, entre outros trabalhos”.
CAMPOS LEITE
Pelo programa “Campos Leite”, a Secretaria de Agricultura apoia pequenos produtores com assistência técnica, como para melhorias da pastagem e reprodução animal; vacinação de rebanhos; cursos e capacitações para o emprego de novas técnicas para o aprimoramento da produção. Um importante reforço para a produção leiteira foi a aquisição, com recursos de emenda parlamentar, de oito resfriadores e oito geradores de energia. Os equipamentos serão cedidos a associações ou cooperativas rurais, beneficiando uma quantidade maior de produtores e fortalecendo, por meio de associativismo ou cooperativismo, a produção.
“Vamos beneficiar cerca de 2.200 famílias de produtores de sete localidades de diferentes regiões de Campos. São resfriadores com capacidade de armazenar 2 mil litros de leite por dia e que serão cedidos a associações de pequenos produtores de leite. Cada tanque tem capacidade de dois mil litros de leite em sistema de duas ordenhas, o que permite que fique armazenado por mais tempo e com mais segurança até o transporte final. Os geradores, movidos também à gasolina, são importantes para, em caso de falta de energia elétrica, manterem o leite resfriado. Assim, não há risco de o produto ser perdido ou sofrer alguma baixa na qualidade, causando prejuízo ao produtor”, detalha o secretário.
CASA DO PRODUTOR RURAL
Com o programa Casa do Produtor Rural, a secretaria de Agricultura está promovendo a regularização fundiária, especialmente de assentados da Reforma Agrária e ainda a regularização cadastral de agricultores e produtores de Campos. O trabalho está possibilitando, inclusive, a participação de agricultores familiares em chamamentos públicos para fornecimento de merenda escolar, como os da Secretaria Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia (Seduct) e do Instituto Federal Fluminense (IFF). “São formas também de fortalecer a comercialização agrícola, pois somente com a situação regularizada nos órgãos municipais, estaduais e federais ligados ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) os agricultores e produtores podem negociar suas produções”, diz Almy.
AGRICULTURA URBANA E EXPANSÃO DOS MEIOS DE COMERCIALIZAÇÃO
Dentro das ações para disseminar a importância da atividade agrícola, valorização da produção do campo e expansão das formas de comercialização da produção, o secretário cita o programa Agricultura Urbana e as Feiras Livres.
“Temos aproximadamente 40 hortas, entre hortas pedagógicas, comerciais e comunitárias. São pontos urbanos de plantio e cultivo de alimentos, que geram renda, asseguram acesso da população da cidade a produtos frescos e mais saudáveis e mantém a cidade mais limpa. Outra questão a ser destacada é que essas hortas reduzem o número de terrenos baldios, muitas vezes verdadeiros depósitos de lixo, transmissores de zoonoses. O lado pedagógico estimula os alunos a se aproximarem da agricultura, a quererem cuidar do meio ambiente e valorizar o trabalho do campo”, acrescenta o secretário.
Ainda dentro da proposta de ampliação de meios de escoamento e comercialização da produção agrícola, o secretário destaca as feiras livres. “Estamos promovendo a remodelação das feiras livres e temos, em andamento, estudos técnicos para a reformulação do Mercado Municipal. Renovamos toda parte de identificação visual das barracas da Feira da Roça, presentes em nove pontos do município, incluindo a praia de Farol de São Tomé, além da nova Feira da Agricultura Familiar e do Pescado, funcionando no Jardim do Liceu. É uma excelente forma de comercialização da produção, porque aproxima quem produz de quem consome, promovendo preços mais justos, produtos locais com qualidade garantida e, assim, mais segurança alimentar e nutricional para a população”, explicou.
MAIS INVESTIMENTOS
Almy Júnior frisa que, se os investimentos feitos em 2022 foram mais de 23 vezes maiores do que os registrados em 2020, este ano o prefeito Wladimir Garotinho investirá ainda mais para o desenvolvimento da agricultura no município. A declaração é baseada em dados e balanços da Secretaria de Controle e Transparência.
“Com mais de 4.000 km2, sendo a maior parte de áreas agricultáveis, o município negligenciou por muitos anos o grande potencial agrícola de Campos. A Agricultura ganhou posição de destaque desde 2021. Com planejamento e preparo, foram desenvolvidos planos e ações para serem implementados de 2021 a 2024. A previsão para o próximo ano é de mais de R$ 60 milhões em investimentos no campo, valores nunca antes vistos no nosso município. Esses investimentos, além de promoverem o desenvolvimento do campo, ajudam na integração dos distritos e no escoamento de diversos produtos. É compreender que Campos pode explorar outras riquezas além do petróleo”, comentou o secretário de controle e Transparência, Rodrigo Resende.
FONTE: PREFEITURA MUNICIPAL DE CAMPOS DOS GOYTACAZES