Você considera que uma pessoa de 45 anos de idade está muito velha para trabalhar? Foi isso que um funcionário da empresa RHi Gestão de Pessoas disse ao operador de logística Carlos A. Luchetti Jr.
O profissional, que está desempregado, enviou seu currículo para a empresa de recursos humanos para avaliação. Contudo, ao invés de receber um feedback adequado para seu currículo, Carlos recebeu uma piada. “Cancela, passou da idade”, disse o profissional de recursos humanos.
Caso evidencia etarismo, prática de preconceito baseado em idade por recrutadores profissionais
O catarinense compartilhou a história através do LinkedIn, uma das principais plataformas profissionais na internet, e o caso viralizou. Mais de 10 mil pessoas reagiram à postagem, que foi compartilhada mais de 2 mil vezes.
“Tenho apenas 45 anos e não me sinto velho, pelo contrário, me sinto muito disposto para trabalhar. Para quem fala que não existe discriminação de idade, está aí a prova”, disse ele na publicação.
A empresa afirma que a mensagem estava “descontextualizada”. “A forma como o retorno chegou ao candidato jamais foi utilizada como abordagem direta de devolutiva em nossos processos seletivos, tanto como em nossa comunicação interna. Sabemos o quanto a mensagem descontextualizada gerou interpretação negativa e consequentemente indignação”, disse a RHI através de nota.
Etarismo
Etarismo é o nome dado ao “preconceito de idade”, e geralmente se refere ao comportamento de empresas que se recusam a contratar profissionais mais velhos para seus postos de trabalho.
“Ele é mais acentuado para os mais velhos, devido a estereótipos, de que eles são desatualizados, desconectados da tecnologia e não acompanharam as mudanças. Mas isso não está ligado à idade, mas às oportunidades de cada um”, afirma Fabiana Granzotti, gerente de projetos da empresa Maturi, focada na inserção de profissionais com mais de 50 anos de idade no mercado de trabalho, em entrevista à CNN.
“É essencial o recrutador ser profissional, ter empatia e combater qualquer viés que possa gerar atitudes preconceituosas”, comentou a gestora de RH Simone Litchenberg ao G1.
FONTE: MSN