Ceperj: Clima quente entre vereadores
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Publicado em 10/08/2022

O clima ficou quente mais uma vez na sessão desta terça-feira (09) na Câmara Municipal de Campos, após o escândalo das contratações do Ceperj (Centro de Estudos e Pesquisas do Estado do Rio) envolvendo assessores de vereadores que seriam 'fantasmas' da fundação, segundo denúncias do Ministério Público Estadual (MPRJ). O Campos 24 Horas acompanhou a sessão, durante a qual foram feitas acusações, defesas e críticas e elogios ao trabalho da imprensa. Ao usar o tempo reservado para explicações pessoais, o vereador Marquinhos Bacellar (SD), líder da oposição e irmão do deputado estadual Rodrigo Bacellar (SD) denominou de “palhaçada” as reportagens sobre o episódio.  Já o líder do governo, Álvaro Oliveira (PSD), alfinetou Bacellar, e se referiu ao episódio como um “escandaloso esquema”, enaltecendo a cobertura jornalística. Os vereadores Juninho Virgílio, Helinho Nahim e Rogério Matoso também se pronunciaram.

ÁLVARO OLIVEIRA - O líder do governo, Álvaro Oliveira (PSD), alfinetou Bacellar, se referiu ao episódio como um “escandaloso esquema” e enalteceu a cobertura jornalística: “O presidente e o vice-presidente do Ceperj foram exonerados porque em seus cargos receberam somente R$ 169 mil. Mas tudo isso é uma palhaçada”, ironizou. “E o Ministério Público denuncia: nítida afronta de prevenção de lavagem de dinheiro, suspeita de indicação política e até rachadinhas. Mas isso é uma palhaçada. E mais: Escândalo atinge líder no governo no Rio, aliados do deputado Rodrigo Bacellar e sua cunhada".

“Não estou acusando ninguém mas lendo o que está aqui no jornal de acordo com investigações do Ministério Público. E nenhum repórter é pelego como foi dito aqui. Eles estão fazendo seu trabalho em reproduzir o que acontece. Quem não deve, não teme. E quem deve, tem que pagar”. 

MARQUINHO - “Foi uma palhaçada. A Globo agiu de forma errada ao mandar uma tropa de jornalistas do Rio, desqualificando talvez repórteres daqui de Campos, que sempre tratei bem e recebi com todo respeito em meu gabinete. Aí vem um cara lá de fora faz um carnaval, sai daqui levando meia dúzia de matérias achando que a cidade não tem homem. O crime que cometi foi pedir minha noiva para se inscrever no processo seletivo de trabalho que estava aberto para qualquer cidadão. Ela prestou serviço, sim, como outros", disse Barecllar.

JUNINHO VIRGÍLIO - Juninho Virgílio comparou a situação com a Operação Chequinho que atingiu em cheio o grupo liderado pelo ex-governador Anthony Garotinho. “Essa perseguição como vocês alegam, o que vocês estão sentindo agora nós sentimos lá atrás com o processo da Operação Chequinho, que foi anulada porque não houve provas. Mas vou falar sobre o Ceperj lá na frente porque tenho muita coisa pra falar”.

NAHIM - Helinho Nahim (Agir), mencionado nas reportagens por ter indicado o jornalista Fabrício Cabral para trabalhar no órgão estadual, saiu em defesa do amigo. “Fabrício Cabral é meu amigo, sim. Prestou serviço, sim, e vai mostrar isso a quem é de direito, o Ministério Público e a Justiça. O que nos deixa triste é que com isso projetos bons ficarão parados”, disse.  Fabrício, segundo o Ministério Público, sacou na boca do caixa um total de R$ 122,8 mil.

MATOSO - Rogério Matoso se defendeu das acusações de haver indicado a empresária Rosana Juncá no governo estadual. “Tenho maior carinho pela Rosana Juncá mas, infelizmente, ela não é minha parente. Inventaram uma indicação que não foi minha, nem esse parentesco, como foi publicado”.

De acordo com as investigações do Ministério Público, familiares de vereadores de Campos com cargos no Ceperj sacaram mais de R$ 300 mil na boca do caixa de agências bancárias do município. Em comum entre os contratados está a ligação com o deputado estadual Rodrigo Bacellar, líder do governo Cláudio Castro (PL) na Alerj.  

 

 

FONTE: CAMPOS 24 HORAS 

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