Homem que mandou matar casal em Lagoa de Cima é condenado a 60 anos de prisão
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Publicado em 10/08/2022

Alcimar Correa foi julgado e condenado nesta terça-feira (9) a 60 anos de prisão pelos assassinatos de Natália Oliveira Silva e Josué da Costa Santos e tentativa de homicídio do casal. O caso aconteceu no dia 29 de julho de 2018 na Estrada que liga Lagoa de Cima a Conceição do Imbé.

Durante as investigações, o delegado Geraldo Rangel, na época titular da 134ª DP/Centro, informou que o alvo principal a tia de uma das vítimas.

RELEMBRE O CASO - Um casal foi executado a tiros e os corpos foram encontrados na manhã de domingo (29) na Estrada que liga Lagoa de Cima a Conceição do Imbé. Uma criança de 3 anos, que seria filho das vítimas, também foi baleada de raspão no rosto e socorrida.

Josué da Costa dos Santos, de 23 anos, foi encontrado dentro do veículo Kadett de cor prata. Já a mulher de iniciais N.C.S. não estava fora do carro.

Ainda não há informações sobre autoria e motivação do duplo homicídio, mas de acordo com a polícia, populares informaram que o casal reside na localidade. Eles não possuem nenhuma anotação criminal, porém o carro encontra-se em nome de um homem de São João da Barra com passagem por homicídio.

A polícia esteve no local e os corpos foram removidos para o Instituto Médico Legal (IML).

PRISÕES - A polícia prendeu - através de cumprimento de mandado de prisão - na manhã desta segunda-feira (01/10) mais dois suspeitos de envolvimento no assassinato de um casal em Lagoa de Cima. I.M.O., de 22 anos, é apontado pela polícia como executor e A.B.G., de 18 anos, teria intermediado a negociação. Eles foram presos em casa, no conjunto de casas populares em Rio Preto.

O crime aconteceu no dia 29 de julho, na Estrada que liga Lagoa de Cima a Conceição do Imbé. Uma criança de três anos foi baleada de raspão no rosto e socorrida.

No dia 21 de agosto um outro suspeito do crime foi preso. Ele compareceu à 134ª DP/Centro, acompanhado de seu advogado, mas contra ele já havia um mandado de prisão. De acordo com a polícia, ele teria encomendado o assassinato.

DELEGADO EXPLICA O CASO - “Um crime passional que acabou levando a óbito um casal e deixando uma criança baleada por engano”, essa foi à declaração do delegado titular da 134ª DP/Centro, Geraldo Rangel, durante coletiva à imprensa na tarde desta segunda-feira (1º), em Campos. O crime, que ocorreu no último dia 29 de julho, teria como alvo principal a tia de uma das vítimas. A polícia também divulgou a identificação dos foragidos..,

Segundo informações do delegado, cinco pessoas estão envolvidas no duplo homicídio. Sendo o Alcimar Correa como mandante, o Alexsandro Batista como intermediador, Rodrigo Faria (foragido) teria dado à permissão do crime por ser o chefe do tráfico do local, Israel Mariano de Oliveira e Genildo da Silva Lopes (foragido), como executores.

“Iniciamos a investigação, em primeiro momento conseguimos a prisão de Alcimar Correa, ele seria o companheiro da tia da Natália, a vítima. No dia, todos estavam em uma festa. A tia da Natália, de nome Neucilene, estava no carro antes dele ser alvejado. O alvo não seria Josué e Natália, seria a tia dela. Isso foi claro para nós no primeiro momento e buscamos maiores informações sobre participações de outras pessoas no crime”.

Ainda segundo o delegado: “O Alcimar teve ajuda de outras pessoas, conseguimos mais quatro mandados de prisão, hoje fomos a Rio Preto e cumprimos dois. O Alexsandro trabalhava com o Alcimar. Ele (Alcimar) pediu que o Alexsandro arrumasse mais uma pessoa para praticar o crime com eles. Na ocasião ele conseguiu o Israel, que foi um dos executores e mais o Rodrigo, que é apontado como chefe do tráfico e permitiu que o crime acontecesse naquele local. Todas essas prisões são temporárias”, destacou o delegado.

Geraldo ainda concluiu que a motivação do crime seria o fato de Alcimar não aceitar a separação com Neucilene. “Ele não aceitava a separação da mulher. Alcimar também acreditava que a vítima Natália ajudava a tia a deixa-lo, aconselhando a não retomar o relacionamento. Foi um crime passional, mas ele contratou outras pessoas”.

"A questão do pagamento ainda não ficou muito claro, mas já sabemos que Alcimar pagou cerca de R$ 500 reais para o Alexsandro. Estamos em investigações e acreditamos que após essas prisões testemunhas se sentirão mais seguras em prestar seus depoimentos", finalizou o delegado Geraldo Rangel.

 

 

FONTE: CAMPOS 24 HORAS

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