A juíza Joana Ribeiro Zimmer, que impediu o aborto de uma criança de 11 anos vítima de estupro, deixou o caso. A magistrada foi promovida e deixou a comarca de Tijucas, em Santa Catarina, local em que atuava.
A promoção foi em 15 de junho, antes de o caso ser revelado por The Intercept Brasil na 2ª feira (20.jun). Ela assumiu a comarca de Brusque, também em SC.
Zimmer decidiu, em maio, manter a criança em um abrigo de Santa Catarina, evitando que ela tivesse acesso a um procedimento para realizar um aborto.
A Justiça determinou nesta 3ª (21.jun.2022) que a criança volte a morar com a mãe. O CNJ (Conselho Nacional de Justiça) está apurando a conduta da juíza.
“A Corregedoria Nacional de Justiça informa que os fatos relacionados à conduta da juíza Joana Ribeiro Zimmer, relativamente ao processo judicial que tramita na comarca de Tijucas/SC, estão sendo apurados em uma reclamação disciplinar”, detalhou o órgão.
Entenda
Em 4 de maio, a mãe da menina a levou ao Hospital Universitário Professor Polydoro Ernani de São Thiago, ligado à UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina), para realizar o aborto. Na ocasião, a menina estava com 22 semanas e 2 dias de gestação.
A equipe do hospital se recusou a fazer o procedimento. Uma audiência sobre o caso foi realizada em 9 de maio. Trechos foram divulgados por The Intercept na 2ª feira (20.jun).
Na gravação, a juíza tenta convencer a garota e a mãe a manter a gravidez. “Você suportaria ficar mais um pouquinho?”, disse Zimmer, segundo reportagem de The Intercept.
FONTE: MSN.COM