A Petrobras anunciou nesta segunda-feira, 25, um novo ajuste para a gasolina, 17 dias após o último aumento, e do diesel, que havia sido reajustado em 28 de setembro. A gasolina vai aumentar R$ 0,21 por litro, ou 7% em relação ao preço anterior, e o diesel, R$ 0,28 por litro, alta de 9,2% em relação ao último aumento. O novo preço entra em vigor a partir de terça-feira, 26, nas refinarias da Petrobras.
O preço médio de venda da gasolina A da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 2,98 para R$ 3,19 por litro. Já para o diesel A, o preço médio de venda da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,06 para R$ 3,34 por litro.
O preço dos combustíveis, que vem subindo desde o ano passado, é uma preocupação cada vez maior dentro do governo. No domingo, o presidente Jair Bolsonaro reafirmou que não vai interferir na política de preços da Petrobras. Ele afirmou que é preciso pensar no que fazer com a estatal no futuro, pois a legislação deixa a companhia independente e cabe a ele apenas indicar o presidente. "Alguns querem que a gente interfira no preço e isso não deu certo no passado e não dá certo. Pelos números do preço do petróleo lá fora e do dólar aqui dentro, infelizmente deveremos ter mais reajuste (nos preços dos combustíveis)."
Nesta segunda-feira, em entrevista à rádio Caçula FM, de Mato Grosso do Sul, o presidente voltou a dizer que o aumento é uma “realidade” que “temos de enfrentar”. Apesar dos constantes aumentos do preço, Bolsonaro afirmou que a economia brasileira “está reagindo bem”. Ele afirmou que não é “o malvado”. “Não quero aumentar o preço de nada, mas não posso interferir no mercado.”
Para tentar amenizar a pressão, principalmente dos caminhoneiros, parte de sua base de apoio, Bolsonaro voltou a falar no domingo também sobre o auxílio que o governo dará aos caminhoneiros para amenizar o custo do óleo diesel, de R$ 400. "Sabemos que é pouco por mês, mas estamos fazendo dentro do limite da responsabilidade fiscal." Lideranças de caminhoneiros, porém, já disseram precisar de uma solução estrutural para o problema, e não de um auxílio temporário.
Abastecimento
"A Petrobras reitera seu compromisso com a prática de preços competitivos e em equilíbrio com o mercado, ao mesmo tempo em que evita o repasse imediato para os preços internos, das volatilidades externas e da taxa de câmbio causadas por eventos conjunturais", informou a estatal em nota, ressaltando que o reajuste garante o abastecimento do País.
Segundo a Petrobras, o alinhamento de preços ao mercado internacional se mostra especialmente relevante no momento que vivenciamos, com a demanda atípica recebida pela Petrobras para o mês de novembro de 2021. Os ajustes refletem também parte da elevação nos patamares internacionais de preços de petróleo, impactados pela oferta limitada frente ao crescimento da demanda mundial, e da taxa de câmbio.
De acordo com opresidente da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom), Sérgio Araújo, porém, apesar do aumento, ainda existe uma defasagem grande em relação aos preços do mercado internacional.
FONTE: MSN.COM