Datena e Ciro Gomes se encontram após ataques em atos
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Publicado em 04/10/2021

O pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, e o apresentador de TV José Luiz Datena (PSL) jantaram juntos no último sábado (2/10), na capital paulista, após os atos que pediam o impeachment do presidente Jair Bolsonaro.

No jantar, Datena se solidarizou com Ciro pelos ataques que ele sofreu de petistas durante as manifestação contra o presidente. Após criticar Lula em seu discurso, Ciro saiu às pressas da Avenida Paulista. Petistas gritaram “volta pra Paris”, em alusão ao 2º turno das eleições de 2018, quando Ciro viajou ao país europeu após ficar em terceiro lugar no 1° turno.

Ciro, que já convidou Datena para ser seu vice no pleito de 2022, também discutiu com o comunicador o futuro do Brasil e possíveis alianças.

Estavam presentes no jantar o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, e a esposa de Ciro, Giselle Bezerra.

Recentemente, Lupi convidou Datena para se filiar ao PDT, com a possibilidade de ser lançado a governador ou senador. Foi o primeiro encontro com os expoentes da legenda após o convite.

“Trégua de Natal”

Após ser hostilizado, Ciro propôs no domingo (3/10) uma “trégua de Natal” com o PT para juntar forças contra o atual presidente. Na tentativa de se colocar como principal representante da “terceira via”, Ciro tem atacado frontalmente o PT e o ex-presidente Lula.

Segundo Ciro, não é o momento de dar valor a incidentes como os que ocorreram nos protestos. A trégua, segundo o pedetista, não significa “esquecer tudo”, e sim ignorar “bobagenzinhas” como as vaias e ataques recebidos por parte de petistas nas manifestações.

“E é assim que a gente deve tratar o que ocorreu: bobagenzinha”, disse o pedetista, que declarou ter a intenção de voltar às ruas para novos protestos contra o governo no dia 15 de novembro.

De acordo com o pedetista, as divergências dele com o PT são, “a cada dia, mais profundas e insuperáveis” e que a proposta à militância petista é não dar valor a “esses incidentes, que são desagradáveis, mas são irrelevantes”, principalmente “nessa gravíssima hora que o Brasil está pedindo da gente serenidade, equilíbrio e foco”.

“Nós estamos propondo uma amplíssima trégua de Natal. Não tem nas guerras por aí afora, onde se faz até dois dias de trégua? Quando o assunto for Bolsonaro e impeachment, a gente deve esquecer tudo e convergir para esse consenso, que já não é fácil”, disse Cirto.

Nas palavras do pré-candidato, a trégua em uma guerra é o apelo a um “momento de respiro”. “Só na noite do Natal, vamos parar de atirar uns nos outros”, apontou.

 

 

FONTE: METROPOLES.COM

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