Três crianças são acusadas por um suposto roubo de passarinhos em uma comunidade dominada por traficantes na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Como retaliação, um gerente do tráfico pede autorização ao chefe, encarcerado no sistema prisional, para matar os meninos.
O aval para os assassinatos é concedido. Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, são vistos pela última vez em uma feira livre no bairro Areia Branca, em Belford Roxo, em dezembro de 2020.
Diante do cerco policial para localizar os três garotos desaparecidos, o traficante que pediu autorização para matar os meninos acaba executado por seus próprios comparsas.
Para a Polícia do Rio de Janeiro, a sequência de acontecimentos descrita acima resume a história do desaparecimento após meses de investigação.
De acordo com reportagem do jornal Extra, o gerente do tráfico da favela do Castelar, em Belford Roxo, que pediu autorização para matar os três meninos é Wiler Castro da Silva, o Estala, de 25 anos.
“Essa chefia do Castelar foi chamada no Complexo da Penha e morta exatamente por ter cometido os homicídios. Essa organização criminosa, que enfrenta o Estado e não tem limites éticos, mesmo no crime, é a que pratica atrocidades”, disse o secretário de Polícia Civil do Rio de Janeiro, Allan Turnowsk, em entrevista à rádio Tupi.
A investigação também identificou outros traficantes associados às mortes das crianças.
Os corpos dos três meninos ainda não foram localizados.
FONTE: METROPOLES.COM